sábado, outubro 08, 2005

REFLEXÃO

A 24 horas de um Domingo de eleições, continuo sem saber o que fazer com o meu voto. Voto em Lisboa. É talvez este o meu azar. E votasse no Porto, não estava com quaisquer dúvidas (obviamente Rio). Para mim, a questão de Lisboa resume-se a Carmona ou Carrilho. Os restantes são folclore político ou frutos de uma democracia mal parida.

O candidato Carmona, considero-o um candidato fraco. Não o vi a apresentar soluções para o principal cancro que mais me incomoda nesta cidade: o transito. Ouvi uma promessa de mais parques. Para quê? Toda a cidade está transformada num enorme parque de estacionamento. Votava de bom grado em alguém que transformasse Lisboa numa capital europeia sem carros. Mas, apesar do transito caótico, do estacionamento anárquico, dos “moedinhas”, dos “chupistas” da EMEL, dos túneis inacabados, dos transportes públicos pouco eficientes, da vitória do betão sobre as zonas verdes, estou tentado a dar-lhe o benefício da dúvida. Posso sempre considerar que estes últimos quatro anos pertenceram ao Santana e não ao Carmona. E quando fosse votar fechava os olhos. Do mal o menos.

Quanto ao candidato que acumula funções como marido da Barbara Guimarães, digo já que não posso com pseudo-intelectuais arrogantes e mal-educados. Também não engulo promessas mal explicadas. E os beijinhos na rua que soam tão a falso como Judas. E verdade seja dita, também já estou farto das políticas do PS!

Assim, o meu voto oscila entre Carmona ou ..... abstenção! A acreditar na sondagem do Expresso (41% para o Carmona e 31% para o Carrilho) e no Domingo nem perdia um segundo à procura do meu cartão de eleitor. O problema é que em democracia, os votos contam-se e por um se ganha e por um se perde. Que digam os alemães. Amanha [Sábado] vou passear por Lisboa, em reflexão!

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