Esta pergunta feita pelo meu filho, no passado Domingo à noite, revela bem a inocência dos seus 4 anos. O futebol em Portugal não é um espectáculo de famílias, muito pelo contrário, existe sempre o risco da nossa integridade física ficar em causa só porque a bola entra ou não entra na baliza.
Parece que adivinhava. Já sentado no meu lugar no Estádio da Luz, fiquei surpreendido pelo facto da claque dos dragões, em vez de ficar situada no piso 0, como sempre aconteceu em anos anteriores, ocupava desta vez uma superior do terceiro anel, a escassos 50 metros do meu lugar. A desorganização do Benfica aliada à bestialidade da claque do Porto só podia ter um resultado previsível: arrebentamento de petardos (sete, contei-os eu) que atingiram pelo menos três sócios ou simpatizantes do Benfica, que sentados no piso 0 por baixo da bancada da claque visitante, saíram em maca quando tinham o direito de assistir sentados comodamente ao jogo porque pagaram bilhete para isso.
Da próxima vez que ouvir um dirigente desportivo a incentivar as famílias a irem aos estádios, gostava de o convidar (convite extensível à sua família) a deixar o bancada presidencial ou camarote vip e a vir-se sentar numa bancada junto daqueles que realmente sustentam a industria do futebol, de preferência ao lado ou por baixo de uma claque organizada. Pode ser que vibre mais com o espectáculo de futebol se sentir o cheirinho do petardo ou o fumo do very-light.
Da próxima vez que o meu filho me perguntar se pode ir ao estádio comigo, vou ter de explicar-lhe que a verdadeira razão de ele não poder ir é porque nos estádios portugueses andam animais perigosos à solta. Não me espantava nada que o meu filho, com a toda a inocência dos seus quatro anos, me dissesse: “mas papá, os animais perigosos não estão presos no jardim zoológico?”
Parece que adivinhava. Já sentado no meu lugar no Estádio da Luz, fiquei surpreendido pelo facto da claque dos dragões, em vez de ficar situada no piso 0, como sempre aconteceu em anos anteriores, ocupava desta vez uma superior do terceiro anel, a escassos 50 metros do meu lugar. A desorganização do Benfica aliada à bestialidade da claque do Porto só podia ter um resultado previsível: arrebentamento de petardos (sete, contei-os eu) que atingiram pelo menos três sócios ou simpatizantes do Benfica, que sentados no piso 0 por baixo da bancada da claque visitante, saíram em maca quando tinham o direito de assistir sentados comodamente ao jogo porque pagaram bilhete para isso.
Da próxima vez que ouvir um dirigente desportivo a incentivar as famílias a irem aos estádios, gostava de o convidar (convite extensível à sua família) a deixar o bancada presidencial ou camarote vip e a vir-se sentar numa bancada junto daqueles que realmente sustentam a industria do futebol, de preferência ao lado ou por baixo de uma claque organizada. Pode ser que vibre mais com o espectáculo de futebol se sentir o cheirinho do petardo ou o fumo do very-light.
Da próxima vez que o meu filho me perguntar se pode ir ao estádio comigo, vou ter de explicar-lhe que a verdadeira razão de ele não poder ir é porque nos estádios portugueses andam animais perigosos à solta. Não me espantava nada que o meu filho, com a toda a inocência dos seus quatro anos, me dissesse: “mas papá, os animais perigosos não estão presos no jardim zoológico?”
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