QUANDO AS DEMOCRACIAS RECUAM
Uma das primeiras medidas anunciadas pelo novo Primeiro-Ministro espanhol, foi o da retirada das forças espanholas do Iraque. Convém aqui referir, que a questão da guerra do Iraque já nem aqui se coloca, uma vez que o PSOE vê-se perante um facto consumado: a guerra realizou-se. O que está agora em causa no Iraque é o período de transição para uma democracia. A medida agora anunciada, consequência lógica do atentado terrorista de Madrid, revela-se então como uma cedência perante o terror, ou seja, as bombas produziram os seus efeitos. Infelizmente para as democracias ocidentais, nas eleições espanholas, foi o medo e não a mentira que decidiram o vencedor. Assim, quando a rebentar a próxima bomba, seja em Lisboa, Londres ou Roma, o povo espanhol terá a sua quota de responsabilidade, por que quando se lhe pedia que se mantivessem firmes na linha da frente, preferiram recuar e assim abrir as portas da Europa para o terrorismo condicionar eleições, derrubar governos e pior ainda matar inocentes. Nas sociedades democráticas, os cidadãos só devem ter medo do seu próprio medo.
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