quinta-feira, maio 26, 2005

FELIZMENTE PARA O PAÍS QUE EXISTEM FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Passada a euforia, mas não a alegria pela conquista de mais um campeonato nacional, acordo para a nossa realidade. O país tem outra vez um defice! O defice. Esse monstro mitológico, que engole nações inteiras sem mastigar, regressou. Ciclicamente, os funcionários públicos são chamados para pagar a crise. Mais uma vez, são as eternas medidas ‘necessárias’ e ‘excepcionais’. Como se não fossem sempre! O anterior governo descobriu um defice de 4,8%, subiu impostos e congelou aumentos na função pública; o presente governo descobre um defice de 6,8%, sobe impostos e congela progressões na função pública. Começo a desconfiar que os funcionários públicos são de uma casta inferior da população portuguesa. Como não existe evasão e fraude fiscal nas empresas, como não existe incompetência nem desperdício de dinheiro na gestão de empresas públicas, como não existem ‘mil e uma mordomias’ para uma classe de sanguessugas que vão desde do autarca ao deputado, felizmente para o pais que existem funcionários públicos. É que o país conta com eles para pagar duas vezes as contas. Que há vida para além do defice, não duvido; se há vida na função pública para além das medidas, já começo a ter sérias dúvidas!

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