Dia 7. Inicio da minha última semana de “férias”. Logo pela manhã, ao mudar-lhe a fralda fui brindado com um chichi em cima. Regra básica: ao mudar a fralda a rapazes é preciso concentração total. Bem, não conhecia melhor maneira de começar bem o dia! De seguida tentei que dormisse. A tarefa não foi fácil devido ao barulho de um cortador-de-relva que se encontrava a ser utilizado para aparar o relvado existente na rotunda junto da minha rua. Por fim, lá acabou por adormecer. Eu, depois de um fim-de-semana relaxado, estava completamente desperto. Aproveitei para me arranjar e para não variar navegar na ‘net’. Ler as ultimas dos meus blogs favoritos. Quando o puto acordou, já passava das 11.40 AM. Pu-lo a brincar com os seus bonecos. Fui preparar para a papa. Após três dias de interregno (a mãe fez questão em dar-lhe a papa nestes últimos dias) vamos lá ver se não me esqueci como é que se faz.
Definitivamente, a marca Nutribén é a melhor escolha. Faço a papa grossa, porque já nos apercebemos que ele come melhor assim. Para 150 ml de água junto à volta de 5,6 colheres de farinha. Isto fica uma pasta autêntica. Começo a ouvi-lo a chamar. Hora da refeição.
São 12.35 quando começamos. De imediato, sou surpreendido: ele abre a boca para comer a papa. Será que após três semanas aprendeu a gostar? Aproveito enquanto ele colabora. Colher após colher e ponho-me a pensar que tenho de fazer mais fins-de-semana destes. Hoje não preciso de cantar, mas estou sempre a falar com ele. Um quarto de hora depois e volta a normalidade. Deita a cabeça toda para trás e faz força com as pernas contra a mesa. Começa a refilar ao mesmo tempo. Percebi a ‘dica’. Pausa para limpezas.
Quando recomeçamos, percebo que o ‘espírito’ já não é o mesmo. Ele já não abre a boca para comer. Leio nos livros que quando os bebés não querem comer mais, não se deve insistir. Mas por vezes a prática revela-se contrária à teoria. Tento dar-lhe mais umas colheres sempre que ele se encontra distraído. Umas ele come, outras caiem no babete. Já começou a confusão. Mãos nos ar agitadas e mais uma colher de papa que cai sem destino. Acabou-se o quadro harmonioso do pai pacientemente a alimentar o filho bem comportado. Tento insistir, mas ele muda de estratégia. Não se limita a esquivar da colher. Provoca o vómito e vomita tudo cá para fora. Uma, duas vezes. Agora aprendeu esta e não quer outra coisa! Começa a chorar com lágrimas. Desisto! Venceu-me! O livro tinha razão.
Levo-o para o quarto para limpa-lo e mudar-lhe a fralda. Continua ‘preso de intestinos'. Ontem tivemos de aplicar o BebéGel porque durante o fim-de-semana nada fez. A continuar assim, logo à noite teremos de o aplicar outra vez. Continua nervoso, a chorar. Pego nele para o acalmar e dou-lhe água. Ele abre a boca num segundo. Já conhece o biberão. De seguida levo-o para a sala para a espreguiçadeira e ligo a televisão, enquanto preparo o meu almoço. Começa de novo a chorar. Quer companhia. Os bonecos já não são suficientes. A televisão também não. Assim que me vê faz um sorriso. Hoje vai ser difícil almoçar.
Não sei se é da idade (está quase a fazer 6 meses) ou se é o dente a nascer, mas ultimamente anda muito ‘resmungão’. Intercalo a preparação da minha refeição na cozinha com a minha presença ao pé dele na sala. “Isto da clonagem humana até fazia algum sentido!”.
Terminada a minha refeição, são horas de ele dormir uma sesta. Coloco-o na cama dele e chupeta na boca. Os seus olhos não me perdem de vista. Está sempre satisfeito enquanto me vê. Manda a chupeta fora e prefere chuchar no dedo do pé. Muito gosta ele deste exercício. Tomba para um dos lados e noto que já e hora de adormecer. Insisto na chupeta, uns beijinhos na cara e está feito. Por hoje terminou, penso eu.
Navego mais um bocado na ‘net’. Já nem me lembro o que fazia quando não existia internet. Depois da roda, deve ser a melhor invenção do Homem. Por volta da 16.00 ele acorda. Acorda a chorar como sempre. Vou busca-lo para ao pé de mim. A mãe não tarda a chegar. Entretanto, o boneco de borracha é fortemente ‘mordido’. Outros tempos se aproximam!
segunda-feira, agosto 18, 2003
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